quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

QUAL É A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO URBANA?

QUAL É A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO URBANA?
Fernando Santiago dos Santos1

Houve tempos em que era praxe o passeio ao final da tarde, pelas veredas das cidades, para a observação das árvores e dos arbustos em pleno florescimento. Homens e mulheres sabiam, muitas vezes empiricamente, quando a paineira dava flores, quando o ingá gerava seus doces frutos, ou quando as primaveras e outras espécies comuns em nossas cidades sofriam alguma transformação em seus ciclos de vida. Muitas goiabeiras foram palco para as mais diversas brincadeiras infantis. E, convenhamos, quem não subiu em alguma árvore, por menor que tenha sido, para apanhar amoras, abacates, ou as referidas goiabas repletas de bicadas de pássaros? Nossas avós talvez relembrem aqueles dias em que sentir o aroma de flores constituía fato normal na vida de qualquer cidadão.Os tempos agora são muito diferentes. Estas atividades, hoje desconhecidas da maioria dos habitantes das grandes cidades, revelam, na verdade, algo que transcende simplesmente o senso comum e a observação empírica. A arborização de praças, parques
públicos e ruas é algo necessário e de extrema importância para a sobrevivência de vários animais e outras espécies vegetais, que usam a cidade como habitat natural ou como rota durante a migração.Em ecologia, cunhou-se o termo floresta urbana, ou seja, o conjunto de árvores e arbustos que compõem a área verde das cidades, em meio ao trânsito, aos postes de luz e às casas. Mais que uma mera fonte de prazer e atividade lúdica, a arborização de ruas e outras áreas comuns das cidades é um gerador de alimento para diversas espécies de animais (mamíferos, aves, insetos) — cuja dieta depende dos frutos e do néctar de
inúmeras árvores nativas do Brasil, além das inúmeras espécies que foram sendo introduzidas em nosso país por tantos e tantos anos (as chamadas espécies exóticas ou alóctones, em oposição às espécies nativas ou autóctones). Como exemplos de espécies nativas do Brasil, podemos citar a goiabeira (Psidium guajava, da
família das mirtáceas) e a pindaíba (Xylopia brasiliensis, da família das anonáceas); entre as inúmeras espécies exóticas que se adaptaram com êxito em nossas terras, já fazendo parte da flora brasileira, podemos citar a azaléia (Rhododendron, com várias espécies, da família das ericáceas) e as mangueiras Várias cidades brasileiras possuem espécies que mantém as ruas floridas praticamente o ano todo. Os polinizadores e aqueles que visitam as plantas para obtenção de alimento também podem ser vistos praticamente durante o ano inteiro. Há estudos, inclusive, sendo realizados com a floresta urbana, onde os impactos das podas exageradas e a má administração pública sobre as árvores da cidade refletem-se na diminuição das populações de vários animais polinizadores e visitantes florais, que acabam se tornando,
muitas vezes, raros ou totalmente ausentes, com o passar dos anos3. Muitas pessoas reclamam junto ao poder municipal ou órgão responsável pela manutenção das áreas verdes do município quando certa árvore danifica as calçadas, ou quando as folhas e as flores de certas espécies arbóreas sujam o quintal, a varanda e a churrasqueira que acabou de ser limpa. Aqui, temos que discutir uma questão que muitas
vezes é deixada em segundo plano. É verdade que muitas plantas podem causar transtornos sociais. Tanto espécies nativas quanto exóticas podem trazer problemas para as instalações de uma cidade. O sistema das raízes, ou o crescimento exagerado dos ramos ou o tamanho e dureza dos frutos, sem contar outras características particulares das espécies vegetais, podem constituir problemas sérios que as autoridades e as equipes que realizam a arborização das vias publicas não estudam previamente, antes da execução de projetos de arborização. Indivíduos de flamboyant4, cujas raízes tendem a subir em direção ao asfalto ou
mesmo ao piso da calçada, por exemplo, podem destruir canteiros e causar prejuízos no asfalto de vias públicas. Similarmente, a famosa chapéu-de-sol 5 , cujos frutos — as “cucas” ou amêndoas — são muito apreciados por morcegos, podem igualmente comprometer calçadas e canteiros. Os galhos quebrados ou soltos das árvores que se ramificam abundantemente podem ficar suspensos sobre os fios elétricos, sendo um perigo potencial para o início de curtos-circuitos ou acidentes mais graves. (Mangifera indica, da família das anacardiáceas). Para quem desejar conhecer melhor as plantas do Brasil, recomendo duas obras muito importantes: JOLY (1987 ) e LORENZI (2002). 3 Artigo interessante sobre o tema foi publicado na Folha de Londrina, 17/10/2003, folha B6, de autoria do Prof. Dr. Efraim Rodrigues (Universidade Estadual de Londrina Paraná), com o tema “Uma nova ideia: a floresta urbana”. 4 O flamboyant pertence ao gênero Delonix, uma leguminosa cesalpinoídea (da mesma família das conhecidas senas, cássias e patas-de-vaca da nossa flora). 5 Algumas espécies de Terminalia, da família das combretáceas. Embora a lista de “desvantagens” da arborização possa ser grande, e talvez equivalente aos pontos vantajosos, boa parte dos estudiosos do assunto adverte para algo muito simples: o conhecimento acerca da biologia vegetativa e reprodutiva das árvores, sejam elas nativas ou introduzidas, eliminaria quase que a totalidade dos problemas
causados pelas espécies em questão, já que as informações serviriam como um planodiretor de planejamento paisagístico e florístico nas cidades (LEITÃO FILHO & AZEVEDO, 1989). Características gerais como preferência por ambientes, rusticidade, desenvolvimento de raízes e ramificação da copa, valor paisagístico e resistência a pragas e moléstias são parâmetros que podem ser analisados e avaliados quando da escolha pelas espécies que definitivamente farão parte da floresta urbana e, consequentemente, acompanhar a dinâmica da cidade por várias décadas. Por maiores que sejam as reclamações dos munícipes acerca dos estragos de certas árvores, ou da “sujeira” que as mesmas possam causar sobre seus carros e quintais, é inegável a sensação de bem-estar que uma rua arborizada traz quando comparada a outra totalmente desprovida de vegetação. Quem já passou por cidades cuja floresta
urbana é muito bem tratada, como Maringá e Campinas, por exemplo, não pode negar a importância das árvores e arbustos como cobertura vegetal das vias públicas. Cabe à população, junto aos órgãos públicos responsáveis, o planejamento e a manutenção das espécies vegetais implantadas na arborização pública, que se preza tanto a um simples “olhar as flores abrindo” quanto a um sofisticado bird-watching vespertino, com binóculos e equipamento de gravação.

• Qual é a sua opinião acerca da arborização urbana?
• Você considera sua cidade arborizada de modo adequado? Por quê?
• Que tipo de estudo deve ser feito para realizar uma arborização urbana eficiente e apropriada?
Até mais e aguardo vocês.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O artigo abaixo foi retirado da Revista Agencia FAPESP
data: 18/8/2008
Genoma do invisível
Agência FAPESP – Quando o grupo do geneticista e empresário norte-americano Craig Venter seqüenciou organismos em amostras de água marinha a fim de usar a genética para entender as comunidades ecológicas invisíveis, o resultado foi decepcionante: um amontoado de fragmentos de DNA pertencentes a milhares de microrganismos desconhecidos.
Um novo estudo avaliou amostras da lama do lago Washington, nos Estados Unidos – onde há comunidades de microrganismos ainda mais complexas do que na água do mar –, e se deteve sobre as bactérias que cumprem a tarefa ecológica de consumir metano.
Segundo os autores, o estudo, publicado na edição deste domingo (17/8) da revista Nature Biotechnology, indica um caminho promissor para o seqüenciamento do genoma de organismos não-identificados.
“O trabalho demonstra que podemos conseguir um genoma completo a partir de um organismo completamente desconhecido”, afirma a autora principal do artigo, Ludmila Chistoserdova, do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Washington.
Chistoserdova destaca que, como poucos microrganismos sobrevivem em laboratório, a maior parte permanece desconhecida. A genética tem potencial para revelar as comunidades microscópicas, mas essa solução esbarra nas dificuldades metodológicas: a maior parte das ferramentas genéticas utiliza trechos curtos de código genético conhecido.
“O método convencional consiste em procurar esses trechos curtos e copiá-los do ambiente, ou amplificá-los. Mas o problema é que essa amplificação só pode ser feita quando sabemos o que tentamos encontrar. Quando queremos estudar algo desconhecido, a amplificação é uma técnica insuficiente, que só nos permite descobrir o que já sabíamos”, explicou.
Em busca do realmente desconhecido, os pesquisadores dirigiram o foco para uma função ecológica específica de alguns microrganismos: a de consumir compostos de carbono simples, como o metano. Inicialmente, eles coletaram amostras da lama do fundo do lago Washington, um típico lago de água doce, temperatura moderada e níveis médios de compostos como o metano, produzido no sedimento pelos organismos decompositores.
O passo seguinte foi misturar a lama com cinco diferentes amostras de alimento marcadas com carbono-13, um isótopo pesado do carbono. Com o tempo, os organismos que consumiram o alimento marcado no laboratório incorporaram o carbono pesado em suas células e em seu DNA.
Os pesquisadores separaram o DNA por peso, sabendo que os mais pesados deviam pertencer aos organismos que ingeriram o alimento marcado. Chistoserdova avalia que as amostras originais de lama continham cerca de 5 mil micróbios diferentes, mas os cinco lotes de DNA marcado continham apenas uma dúzia de organismos.
Os pesquisadores então puderam juntar os fragmentos de DNA com carbono-13 para montar o genoma completo da Methylotenera mobilis, um micróbio que se alimenta de metilamina, uma forma de amônia. Eles também produziram o genoma parcial da Methylobacter tundripaludum, que se alimenta de metano e resiste à cultura em laboratório.
A descoberta de seqüências genéticas completas de organismos pode ter diversas utilidades. Por exemplo, o código genético pode produzir pistas que viabilizem o cultivo de micróbios em laboratório, permitindo que eles sejam mais bem estudados pelos cientistas, facilitando as aplicações práticas.
Outros grupos de pesquisa podem procurar pelo DNA no ambiente, como uma sinalização de que o mesmo micróbio está presente em outros locais. E conhecer a identidade dos organismos ecologicamente mais importantes ajudaria a compreender os ciclos ecológicos e monitorar, por exemplo, os impactos das mudanças climáticas nas populações microbianas.
O artigo High-resolution metagenomics targets specific functional types in complex microbial communities, de Ludmila Chistoserdova e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Biotechnology em www.nature.com/nbt.
Agora vamos iniciar nossa discussão:
1) Você conhece o projeto genoma brasileiro?
2) Quais as virtudes do Projeto Genoma Brasileiro?

É isso aí pessoal aguardo vcs para discutirmos...abraços e até mais...

domingo, 13 de junho de 2010

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: REALIDADE OU HIPOCRISIA?

Danilo di Giorgi, 15/05/2006

Assim como manejo florestal, desenvolvimento sustentável é mais um daqueles termos mágicos, que têm poder de mover muitas pessoas, de fazer dinheiro e fama, e de ocultar a dura realidade. São, porém, vazios de conteúdo na maior parte das vezes em que são usados. “Desenvolvimento sustentável” é oco sempre que aplicado do ponto de vista de negócios, pois o capitalismo, o modelo econômico vigente na maior parte do planeta, não é sustentável por definição, uma vez que exige expansão exponencial contínua, e não há mágica que faça esse sistema vir um dia a sê-lo.
O termo foi consagrado em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Comissão Brundtland. Foi definido e é aceito hoje como “aquele [modo de desenvolvimento] que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.
Muito bem, releia com atenção a definição acima. Agora, a pergunta que coloco é a seguinte: é possível aplicar esse belo ideal na vida real e na maior parte dos elementos do cotidiano, sem hipocrisia e de forma integral e ainda assim evitar um colossal impacto no sistema capitalista?
Vejamos. Primeiro, quando falamos em “gerações futuras”, estamos nos referindo a todas elas, aos tataranetos dos tataranetos dos nossos tataranetos, certo? Estudos mostram, porém, que o homem já utiliza os recursos naturais oferecidos pela Mãe Terra num ritmo muito superior à capacidade do planeta de repô-los.
O manejo florestal, já muito debatido neste espaço, é uma das áreas onde o termo “sustentável” mais aparece. Nada mais é que uma forma de continuar destruindo a floresta de maneira mais “aceitável”. A proposta é mais ou menos a seguinte: vamos continuar arrancando essas árvores tão lucrativas, mas, como agora esse papo de ecologia vive atrapalhando nossos negócios, para não ter que parar de lucrar, contratamos meia dúzia de biólogos e engenheiros florestais que vão definir parâmetros – nunca devidamente comprovados – que demonstrem o quanto dá para matar da floresta de forma que ela não sinta tão duramente o impacto.
Estes profissionais gabaritados estarão em nossa folha de pagamentos e, mesmo que os parâmetros não sejam seguros – e quem afirme que eles são 100% confiáveis estará faltando com a verdade –, faremos um marketing danado em torno disso e assim as pessoas podem dormir tranqüilas, com a certeza de estarem adquirindo um produto “verde”.
Concorre para o sucesso da estratégia a menção de prazos longos tendo em conta as nossas vidas, como ciclos de corte de 25, 30 ou 40 anos, os quais, no entanto, são ínfimos do ponto de vista das espécies florestais e da maturação dos ecossistemas.
A seguir, transcrevo um parágrafo de um recente “Relatório de Sustentabilidade” de uma grande empresa do agronegócio, que ilustra bem a idéia central deste artigo:
“A sustentabilidade é um fator que facilita o acesso ao capital, permite reduzir custos e maximizar retornos de longo prazo do investimento, previne e reduz riscos, além de estimular a atração e a permanência de uma força de trabalho motivada, entre outros aspectos. Esses mesmos elementos contribuem para fortalecer nossa reputação, credibilidade e imagem, concorrendo assim para manter e aumentar o valor da Empresa para os acionistas e a sociedade em geral”.
Como é possível claramente constatar, não há nada escondido, está tudo às claras: a preocupação com o meio ambiente é simplesmente retórica, uma vez que o capitalismo percebeu que a questão ambiental poderia atrapalhar os negócios. Não existe a verdadeira compreensão da questão, ou, se existe, as razões para preservar estão perdendo para as razões para lucrar.
Compreender os porquês da preservação significaria aceitar que não há possibilidade de compatibilidade entre o nível atual de consumo e a dita sustentabilidade. Se todos na Terra tivessem um padrão de consumo semelhante ao dos países desenvolvidos, o caos chegaria bem mais rápido ou, possivelmente, já estaria instalado.
Ainda que as desigualdades mundiais continuem tal como estão (o que parece mais provável), excetuando-se a ascensão da China, não há recursos suficientes para alimentar o sistema por muito tempo. Mesmo que todas as empresas adotassem os mais rigorosos controles das “ISOs 14000 da vida” sobre os danos que causam ao meio ambiente. Tal como a floresta, que viveria alguns anos a mais com o manejo florestal, mas terá morte tão certa quanto teria sem o manejo, o meio ambiente não pode suportar eternamente um sistema que tem por prerrogativa consumi-lo até que não reste nada que não possa ser convertido diretamente em dinheiro – seja madeira, metais, água - ou que não seja veículo para se fazer dinheiro.
O irônico de tudo isso é perceber que o capitalismo é um sistema auto-destruidor (e estamos falando aqui apenas das questões ambientais), que ignora este fato dado o seu caráter imediatista. Mas não se pode perder tempo com questões menores...

Será que existe mesmo Desenvolvimento Sustentável? Em sua opinião, é possível haver desenvolvimento econômico compatível com a preservação ambiental?
 É isso aí espero você com sua opinião...


quinta-feira, 10 de junho de 2010

E o mascotinho está aí...

Não fique parado, vibre você também nesta nova busca...copa do mundo...e vamos lutar por mais uma vitória.

Cachoeira do véu da Noiva...

Visite a cachoeira do Véu da noiva...e você vai encantar-se com a beleza que o Senhor nos permite conhecer, curtir e preservar...
Aproveite e não deixe de comtemplar estas maravilhas...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Suspensão da Greve da Categoria. Assembléia 25 de maio.


A categoria decidiu em Assembléia 25 de maio perante a proposta apresentada e assinada pelo governo, suspender a greve aguardando possíveis negociações.
É isso ai mas a luta continua companheiros...Até mais...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

E a GREVE continua...

Façamos a nossa parte ... A LUTA CONTINUA...